Ilustração de um smartphone com dados de cartão e moedas

O papel da blockchain na inclusão financeira em países menos desenvolvidos

A tecnologia blockchain é baseada em uma rede descentralizada de computadores que validam e registram as transações realizadas através dela. Isso significa que ela não depende de uma única entidade central para funcionar, o que a torna mais resistente a fraudes e falhas. Além disso, a tecnologia blockchain permite que os indivíduos e as empresas realizem transações diretamente entre si, sem a necessidade de um intermediário confiável, como um banco. Isso pode ser particularmente útil em países com sistemas bancários menos desenvolvidos, onde a falta de confiança nas instituições financeiras é um obstáculo para a inclusão financeira. A tecnologia também oferece uma maior transparência e segurança nas transações, pois todas as informações são registradas de forma imutável na rede blockchain. Isso pode ajudar a combater a corrupção e a promover a confiança nas transações financeiras.

Inclusão financeira: um caso de estudo na África

A tecnologia blockchain pode ser usada para criar soluções de crédito baseadas em criptomoedas e ajudar a expandir o acesso a empréstimos em países com sistemas bancários menos desenvolvidos. Em vez de depender de uma instituição financeira tradicional para avaliar a capacidade de crédito de um indivíduo, uma plataforma de crédito baseada em blockchain pode usar dados de transações anteriores e outras informações para avaliar o risco de crédito, ajudando a incluir aqueles que podem ter sido excluídos do sistema financeiro tradicional devido a fatores como falta de histórico de crédito ou desconfiança nas instituições financeiras.

Um exemplo de projeto que utiliza a tecnologia blockchain para promover a inclusão financeira é o projeto da Cardano na África. A Cardano é uma plataforma de blockchain descentralizada que está sendo usada para criar soluções de pagamento e financiamento para a região africana. Um dos projetos mais notáveis da Cardano na África é o Atala PRISM, que é uma plataforma de identidade digital baseada em blockchain que permite que os indivíduos e as empresas na África acessem serviços financeiros e outros serviços governamentais de forma mais fácil e segura. Outro projeto da Cardano na África é o Atala Scan, que é uma plataforma de gerenciamento de documentos baseada em blockchain que facilita a verificação e o compartilhamento de documentos oficiais, como carteiras de habilitação e certificados de nascimento. Esses projetos da Cardano na África demonstram como a tecnologia blockchain pode ser usada para promover a inclusão financeira e outras formas de inclusão em países menos desenvolvidos.

A expansão ao acesso a serviços financeiros

A tecnologia blockchain também pode ser usada para criar soluções de pagamento e remessa de dinheiro mais baratas e acessíveis. Muitas vezes, os indivíduos e empresas em países com sistemas bancários menos desenvolvidos enfrentam altas taxas e outros custos para enviar e receber dinheiro, o que pode ser um obstáculo para a inclusão financeira. No entanto, as criptomoedas baseadas em blockchain permitem que os indivíduos e as empresas realizem transações de forma mais barata e rápida, o que pode ajudar a reduzir esses obstáculos e promover a inclusão financeira. Além disso, as criptomoedas podem ser usadas como uma forma de armazenar valor, especialmente em países onde a inflação é um problema ou onde o acesso a serviços bancários tradicionais é limitado. Portanto, a criação de criptomoedas baseadas em blockchain pode ser uma forma importante de promover a inclusão financeira em países com sistemas bancários menos desenvolvidos.

Alguns outros exemplos de projetos que utilizam a tecnologia blockchain para promover a inclusão financeira em países menos desenvolvidos incluem:

Bangladesh no caminho da descentralização

A plataforma “Blockchain Payment Gateway” do Banco Central do Bangladesh foi criada com o objetivo de aumentar a eficiência e a segurança das transações financeiras no país. Além disso, a plataforma também foi projetada para expandir o acesso a serviços financeiros para aqueles que estão excluídos do sistema financeiro tradicional, como os habitantes de áreas remotas ou aqueles que não têm acesso a contas bancárias. A plataforma “Blockchain Payment Gateway” já está sendo usada para realizar transações de pagamento entre indivíduos e empresas, e também está sendo usada para realizar pagamentos para o governo e para outras instituições. Além disso, o Banco Central de Bangladesh está trabalhando em parceria com a empresa de tecnologia financeira para expandir ainda mais a plataforma “Blockchain Payment Gateway” e oferecer novos serviços financeiros baseados em blockchain para os cidadãos do país.

O engajamento da Onu

O Project Inclusive da ONU é um projeto ambicioso que visa promover a inclusão financeira e social em países menos desenvolvidos através da tecnologia blockchain. O projeto está sendo implementado em colaboração com governos, instituições financeiras e outras organizações locais, e está sendo financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além de criar soluções de pagamento baseadas em blockchain para expandir o acesso a serviços financeiros para aqueles que estão excluídos do sistema financeiro tradicional, o Project Inclusive também está trabalhando em outras áreas, como a criação de sistemas de segurança social baseados em blockchain para ajudar a proteger os mais vulneráveis. Até agora, o projeto tem tido resultados promissores, com muitas pessoas sendo incluídas no sistema financeiro e acessando serviços financeiros pela primeira vez. O Project Inclusive espera expandir ainda mais suas atividades para outros países menos desenvolvidos no futuro.

Pequenas comunidades com mais poder de compra

A Bancor Network é uma plataforma inovadora que utiliza a tecnologia blockchain para criar “moedas comunitárias”, que são criptomoedas criadas por grupos locais para promover a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico. A Bancor Network foi criada com o objetivo de ajudar as comunidades menos desenvolvidas a criar suas próprias moedas virtuais e usá-las para realizar transações e criar sistemas de economia colaborativa. A plataforma já foi implementada em países como o Ruanda e o Quênia, e tem sido usada com sucesso para criar soluções de pagamento e empréstimos baseadas em blockchain para ajudar a expandir o acesso a serviços financeiros para aqueles que estão excluídos do sistema financeiro tradicional. A Bancor Network também está trabalhando em parceria com outras organizações e instituições financeiras para expandir ainda mais sua plataforma e oferecer novos serviços financeiros baseados em blockchain para as comunidades menos desenvolvidas.

Comunidades rurais no Brasil não ficaram de fora

No Brasil um desses projetos inclusivos é o projeto “Moeda Verde”. O projeto “Moeda Verde” é uma iniciativa da startup brasileira Meu Banco, que visa criar uma criptomoeda baseada em blockchain para promover a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico nas comunidades rurais do país. A criptomoeda “Moeda Verde” será usada para realizar transações e promover o comércio local, e também será usada como uma forma de armazenar valor em comunidades onde o acesso a serviços financeiros tradicionais é limitado. A Meu Banco está trabalhando em parceria com o governo brasileiro e outras instituições financeiras para implementar o projeto “Moeda Verde” em várias regiões do país, e espera que a criptomoeda ajude a expandir o acesso a serviços financeiros e a promover o desenvolvimento econômico nas comunidades rurais do Brasil.

Outro exemplo vindo do Brasil é o projeto “Banco do Povo Paulista”. O projeto é uma iniciativa do governo do estado de São Paulo que visa criar uma plataforma de pagamento baseada em blockchain para promover a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico nas comunidades mais pobres do estado. A plataforma permite que os indivíduos e as empresas realizem transações financeiras de forma mais rápida e segura, e também permite que as pessoas armazenem valor digitalmente. Além disso, a plataforma também está sendo usada para promover o desenvolvimento econômico local, oferecendo empréstimos e outros serviços financeiros para as comunidades mais pobres do estado. Até agora, o projeto tem tido resultados positivos, com muitas pessoas sendo incluídas no sistema financeiro e acessando serviços financeiros pela primeira vez.

Em resumo, a tecnologia blockchain tem o potencial de promover a inclusão financeira em países com sistemas bancários menos desenvolvidos de várias maneiras. A descentralização da tecnologia permite que os indivíduos e empresas realizem transações diretamente entre si, sem depender de intermediários confiáveis. Além disso, as criptomoedas baseadas em blockchain podem ser uma alternativa viável para realizar pagamentos e armazenar valor em países onde o acesso a serviços financeiros tradicionais é limitado. A tecnologia também pode ser usada para criar soluções de crédito baseadas em criptomoedas, o que pode ajudar a incluir aqueles que podem ter sido excluídos do sistema financeiro tradicional.

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Sobre o autor

Rodrigo Alves, Artista 3D, Designer e Fotógrafo

Nascido na cidade de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, buscou desde cedo se expressar através da arte. Começou ainda na adolescência a fazer desenhos em papel e depois avançou para artes digitais. Em pouco tempo se destacou com trabalhos de tratamento digital de imagens e com modelagem e animação em 3D. Na fotografia, sua principal escola foi através das dezenas de trilhas e acampamentos que faz em Teresópolis, onde registra o máximo de detalhes que encontra. Com essa dedicação conquistou um acervo fotográfico com mais de 1000 fotografias da cidade de Teresópolis. Desde 2017 acompanhando o mundo cripto, sua nova jornada é no mercado de NFTs. Seu acervo fotográfico e habilidades em 3D lhe garantiram destaque na comunidade de artistas NFTs e agora seus trabalhos artísticos e fotografias estão sendo eternizados na Blockchain através de NFTs únicas.

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